ABSTRACT Resilience is a concept used to reflect on how to deal with the dynamics that arise after disturbances caused by a natural hazard. It emerges as a key concept for thinking about forms of recovery and reconstruction that seek not only to return to pre-disaster normality, but to question and overcome the vulnerability. Based on the Pecheutian discourse analysis method, the concept of resilient cities is problematized, mobilized as a sign of fictitious capital in the era of financialization of housing and urban space, transforming environmental disasters and the climate crisis into yet another business model. Rescuing the meaning of socio-ecological resilience and articulating it to the theories of socio-spatial practices of resistance and common spaces, it becomes possible to think of resilience to disasters not as a neoliberal category, but as a social, political, and collective practice of adaptation and mitigation to climatic changes.
RESUMEN Resiliencia es un concepto utilizado para reflexionar sobre cómo hacer frente a las dinámicas que surgen después de las perturbaciones causadas por un peligro natural. Surge como un concepto clave para pensar formas de recuperación y reconstrucción que busquen volver a la normalidad previa al desastre, y también cuestionar y superar la vulnerabilidad. A partir del método de análisis del discurso pecheutiano, se problematiza el concepto de ciudades resilientes, movilizado como signo de capital ficticio en la era de la financiarización de la vivienda y el espacio urbano, transformando los desastres ambientales y la crisis climática en un modelo de negocio. Rescatando el significado de resiliencia socioecológica y articulándolo a las teorías de prácticas socioespaciales de resistencia y espacios comunes, se hace posible pensar la resiliencia no como una categoría neoliberal, sino como una práctica social, política y colectiva de adaptación y mitigación a lo cambio climático.
RESUMO Resiliência é um conceito que busca refletir sobre como lidar com as dinâmicas que surgem após perturbações causadas por um evento natural perigoso (como deslizamentos). Ela surge como um conceito-chave para se pensar formas de recuperação e reconstrução que buscam não somente retornar à normalidade pré-desastre, mas questionar e superar a vulnerabilidade das populações expostas. A partir do método de análise de discurso pecheutiana, problematiza-se o conceito de cidades resilientes, mobilizado como um signo de capital fictício na era da financeirização da moradia e do espaço urbano, transformando os desastres ambientais e a crise climática em mais um modelo de negócios. Resgatando o significado da resiliência socioecológica, e articulando-o às práticas socioespaciais da resistência e aos espaços comuns, torna-se possível pensar a resiliência a desastres não como uma categoria neoliberal, mas como uma prática social, política e coletiva de adaptação e mitigação às mudanças climáticas globais.